hipocrisia imitada

eu e minha amiga (também bi) estávamos a caminhar pelo centro quando duas meninas, de mãos dadas, passaram por nós.
angie: - que bando de sapatas!!
amiga: - que nojo!!
olhares e risos.

O que mais me chamou atenção quando os vi foi que se tratavam por “amor” - ele é amante dela, que está noiva e irá se casar no final do ano - expresso minha surpresa, como sempre expresso tudo, e ouço que eles já se conhecem há 5 anos e que inclusive já foram namorados. Quando cheguei em casa entrei no MSN, logo depois eles entraram, ela iria dormir na casa dele aquele dia. A conversa se resumiu em:
Te adoraaaamos!!
Também adorei vocês!!
Você é maravilhooooosa!!
Vocês também são!!
Um monte de elogios e a surpresa de ambos os lados por que o que aconteceu realmente foi muito natural e bom.
Eles pretendiam ver um filme, mas adormeceram exaustos, como eu também estava.


Falei com ele no outro dia pela internet, acordei ansiosa... o que geralmente é o meu normal...
Ele me falou da preocupação dela em ter gostado, falou novamente do quanto foi legal, me deixou um depoimento e falou um pouco dos gostos deles.
A gente tinha saído numa terça e o novo encontro, para quinta, já estava marcado.

Quando lembro de como foi aquela noite penso em milhares de trilhas sonoras que se encaixariam perfeitamente.
Nós entramos na hidro e após um beijo nele ela ficou o resto dos 15 minutos em que estivemos lá dentro a me beijar.

Quando saímos cheios de espuma ele foi tomar uma ducha e nós duas nos secamos e fomos para a cama. Eu sequei a espuma esquecida nas pernas e pés dela e comecei a beijá-la. Beijei o corpo dela inteiro... o meu gosto sexual é sempre por servir... sempre foi... mas não vejo como poderia ficar mais feliz em ser beijada em vez de beijá-la. Eu consigo lembrar agora, quase uma semana depois, de todos os movimentos que fiz e de todas as reações dela. Mas acima de tudo eu lembro das coisas que ouvi...
Poucas podem ser escritas aqui sem censura, entretanto são as mais importantes, como “estava com saudades de ti”.

Eu realmente não tenho vontade de escrever os entremeios com ele... mas uma coisa interessante de ressaltar... é que quando ele foi gozar na minha cara, ela, que nunca gostou disso, me lambeu o rosto. O que isso quer dizer eu não sei exatamente, mas deve ser algo bom.

Vou ir-me revelando aos poucos. Com o passar dos escritos vocês saberão quem sou, o que faço, com quem e do que vivo, quais são as coisas em que acredito. Mas preciso começar pelo motivo que me leva a escrever... a me expressar.. e a buscar junto a vocês experiências parecidas, conselhos ou compreensão.

É difícil começar sem falar do início...
será difícil para vocês entenderem como tudo se deu sem que eu siga a ordem cronológica. Mas é assim que vai ser.

Entrei em contato com ela pelo meu fake (um orkut falso, que esconde tua real identidade). Ela me adicionou no msn. Achei que queria alguma coisa com uma mulher, mas como acontece na maioria dos casos ela não estava sozinha, era um casal à procura de diversão com alguém que os parecesse bonita e confiável.
Eu preenchia os requisitos. Eles haviam feito isso apenas uma vez, cerca de 1 ano atrás. Também era a minha primeira vez. O desenrolar deveria se dar desta forma, como ela é ciumenta, ele não poderia transar comigo, somente com ela. Ela seria a maestra desta orquestra, nos impelindo a fazer o que ela se sentisse segura a deixar. Eu topei.

No dia marcado fumei uma carteira inteira de cigarro (coisa que nunca tinha feito antes.. costumo fumar 3 ou 4 por dia.. somente de segunda a sexta).
Estava sentada na escada conversando com minha colega butchy femme e ela me perguntou se eu ia desistir, ao que disse: “eu lá sou mulher de dar pra trás? Se eu marco, eu vou!”, quando termino a frase, o telefone toca.

Alô?
Oi! Estamos a 5 minutos daí!
Okay, vou esperá-los no local combinado

Eu sentia um inverno polar dentro de mim... aquele inocente frio na barriga, aquele enjôo que tinha sentido durante todo o dia tomou conta do corpo inteiro agora.
Minhas pernas me levaram até o local, não sei bem de que maneira. Era noite mas coloquei os óculos escuros, que sempre me deixam mais à vontade quando me sinto sem jeito.
Recebi uma mensagem que dizia - “estamos em um palio prata” - e fiquei pensando o que seria um palio e como eu enxergaria a cor dele com meus óculos escuros. Ao chegarem eles me ligaram.

Entro dentro do carro e me obrigo a tirar os óculos. Ambos são muito simpáticos. Durante a “viagem” conversamos sobre incríveis coincidências em nosso rol de amigos e sobre nossa tendência cinéfila em comum.
Bebemos vinho a viagem toda para esquentar.
Agora quando chegamos ao quarto eu acendo mais um cigarro e a gente conversa na cama enquanto a hidro enche. Conversamos banalidades, falamos rápido, nos livrando do silêncio constrangedor.
A pior parte chega – tirar a roupa para entrar na hidro
“ele tirou a camisa – eu preciso tirar a roupa – ela tirou a camiseta - eu preciso tirar a roupa – ele tirou a calça - eu preciso tirar a roupa – ela tirou a calça - eu preciso tirar a roupa – e quando ambos estão seminus eu realmente começo a tirar”.

Entramos na hidro, balbuciamos algumas coisas, ela começa a passar a mão pela minha perna. Os dois se beijam. Eu e ela nos beijamos. Ele sai da hidro e nos deixa um tempo sozinhas. Nos masturbamos mutuamente. Ela é linda. A pele dela é macia. A boca é doce. Ele volta e começamos as coisas a 3. Ela nos aproximou duas vezes. Fez com que nos beijássemos e que eu chupasse a ele. Não vou continuar a dar detalhes de tudo que ocorreu.. vou passar para a grandiosa parte.

Ela sobe e eu começo a beijar seu ponto. Sinto seu gosto, sinto seu gozo. É algo como eu nunca senti antes. Em nenhum momento eu senti falta do toque dele em mim. Ela também me retribuiu o carinho. Eu gozei duas vezes e fiz ela gozar duas também.
Depois que o frisson termina continuamos na hidro conversando... leves... inclusive cantamos “bem que se quis” de Marisa Monte juntos. Parecemos antigos amigos de férias em uma mini piscina de água quente. É hora de ir.